quarta-feira, 21 de outubro de 2009

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Especialista alerta: dietas são mais perigosas do que obesidade

Artigo do professor Isaac Amigo.
Nota: Esse artigo foi copiado do site do IG em 15/02/2003
(Agência EFE)

O professor de Psicologia da Saúde da Universidade de Oviedo (norte), Isaac Amigo, defende que, a longo prazo, as dietas restritivas e hipocalóricas acabam sendo "mais perigosas para a saúde e os índices de mortalidade do conjunto da sociedade do que a própria obesidade".
Em declarações à EFE, Amigo combate a crença "tão fortemente estabelecida de que as dietas são um exercício de saúde" e garante que "se uma pessoa entra nesse caminho de fazer dietas sucessivas e cíclicas vai conseguir não apenas recuperar o que perdeu, mas no final terá um peso muito superior ao que teria se tivesse mantido uma alimentação adequada, regular e sem altos e baixos ao longo de sua vida".

Em seu livro "A magreza impossível", publicado recentemente, o especialista revela o caráter perigoso de um hábito que está em moda, mas que acaba produzindo nas pessoas que o praticam o efeito contrário.
"Trata-se da magreza impossível, porque perde-se peso muito rapidamente, mas o organismo o recupera na mesma velocidade que o perdeu, incluindo algo mais", reforça Amigo, que também é professor de Psicologia da Personalidade e de Tratamento da Conduta.
Segundo Amigo, o conhecido "efeito ioiô" das dietas "tem sua explicação no processo de seleção natural da espécie humana".
"O metabolismo tende a se tornar lento em períodos de escassez de alimentos para garantir sua sobrevivência, um mecanismo que também é ativado de forma automática no corpo quando se faz dietas restritivas de alimentos e baixas em calorias com a finalidade de aproveitar melhor o que se come", explica.
Esta adaptação repercute negativamente, diz ele, quando a pessoa volta a se alimentar normalmente, sendo possível notar na maioria das pessoas um aumento inicial "disparado" do peso que depois se estabiliza acima dos níveis iniciais. Para Amigo, a doença da anorexia não é uma conseqüência "direta" das dietas. Na verdade, o início de uma restrição alimentar pode se transformar em algumas ocasiões no "detonador" do transtorno ou "na gota d'água".
"O que desenvolve a anorexia é uma série de variações familiares, pessoais e inclusive sociais", explica o professor de Psicologia, acrescentando que "costuma ocorrer em classes médias ou médias altas e está muito relacionado com o fato de que, neste tipo de contexto familiar, as jovens foram educadas dentro do autocontrole e do autodomínio por seus pais para alcançarem metas muito altas".
Segundo Amigo, o culto à magreza se fortalece numa sociedade, na qual por seus hábitos alimentares, sedentarismo e outros costumes, "o mais difícil é se manter magro e, por isso, como poucos conseguem, todo mundo quer emagrecer".

Face ao mau uso das dietas, "que deveriam ser restritas à prescrição médica", o autor de "O preço biológico da saúde" propõe como alternativa mais saudável a prática de exercícios físicos moderados diariamente e uma alimentação variada, rica em hortaliças, legumes e frutas.
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Obesidade e Carnaval!!!

Parece incrível, mais é verdade! Uma das exigências para ser eleito Rei Momo do Carnaval do Rio de Janeiro era ter um peso mínimo bem superior a 100 kg.
UMA VERDADEIRA APOLOGIA À OBESIDADE EXCESSIVA !
Com isso, aqueles que desejavam obter esse título eram obrigados a correr grandes riscos de doenças e, até mesmo, com possibilidade de perder a própria vida.
Recentemente, numa atitude sábia e humana, o Prefeito Cesar Maia determinou que fosse abolida a exigência de peso mínimo para a eleição de Rei Momo.
Essa medida já trouxe grande benefício para o atual Rei Momo. Segundo suas próprias declarações em uma entrevista na televisão, ele se submeteu a uma cirurgia e conseguiu emagrecer bastante.
Essas declarações foram dadas pouco antes da primeira Escola de Samba abrir o desfile de Domingo no Rio de Janeiro em 2 de março de 2003.
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Regime faz efeito em 1% - Pesquisa afirma que apenas uma em cada 100 pessoas emagrece definitivamente.
Publicada em O Dia na quinta-feira, 20 de fevereiro de 2003.
Apenas 1% das pessoas que fazem regime consegue emagrecer e manter seu novo peso permanentemente. O estudo é da empresa de análise de mercado Datamonitor, na Grã-Bretanha.
Mas nem esses resultados para lá de modestos fazem os consumidores pararem de comprar produtos dietéticos. Eles cada vez gastam mais com dietas. A possibilidade de os artigos light e diet falharem não impediu que 34 milhões de britânicos tentassem perder peso no ano passado, gastando o equivalente a mais de R$ 60 bilhões.
O endocrinologista Amélio de Godoy Matos discorda dos resultados. Segundo ele, mais de 1% das pessoas consegue perder peso com um programa de emagrecimento. “Metade dos pacientes tratados com remédio e dieta conseguem perder até 10% do peso. Estudos mostram que, desse grupo, 5% mantêm o peso perdido e 90% recuperam o peso inicial dois anos depois.
A vontade de ficar em forma fez com que a Grã-Bretanha se tornasse o segundo maior mercado de produtos de dieta na Europa, depois da Alemanha. Lá, cada pessoa que quer perder peso gasta por ano, em média, R$ 1.800 com produtos dietéticos.
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Como consumir menos calorias sem usar uma dieta de fome

Esse é o novo desafio da ciência na busca para prolongar a vida
Publicado em O Estado de S. Paulo, sexta-feira, 2 de agosto de 2002
Os mesmos efeitos do baixo consumo de calorias, que prolonga a vida em animais, podem ser obtidos sem uma "dieta de fome", segundo estudo do Instituto Nacional de Envelhecimento dos EUA. Os pesquisadores compararam resultados obtidos com macacos rhesus, submetidos a severas restrições calóricas, com os dados de um levantamento feito com mais de 700 homens em Baltimore, Maryland.
Ao longo de 15 anos, a mortalidade entre os macacos que consumiram menos calorias foi a metade (15%) do grupo com alimentação normal (30%). A maior longevidade foi associada a três marcadores biológicos: temperatura corporal mais baixa, menores índices de insulina no sangue e maior teor do hormônio DHEAS, que costuma decair com a idade.
Os pesquisadores então analisaram o estudo de Baltimore, que durou 25 anos, e descobriram que os homens que viveram mais apresentavam os mesmos biomarcadores, mas com uma dieta normal. "Isso sugere que há outras modificações de estilo de vida que podem trazer os mesmos benefícios da restrição calórica", disse ao Estado o pesquisador George Roth, coordenador do estudo.
Descobrir quais são essas modificações é o próximo passo da pesquisa. Não se sabe se a restrição - que implica em consumo de calorias entre 30% a 50% menor que o ideal - aumenta a longevidade humana. "Não estamos sugerindo que as pessoas deixem de comer para viver mais", adverte Roth. O objetivo é justamente encontrar caminhos alternativos para isso.
"O estudo não está voltado para diminuir a ingestão calórica, mas para bolar drogas que atuem sobre o metabolismo", diz a nutricionista Claudia Juzwiak, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Alto risco - Não é à toa que há tantas pesquisas sobre obesidade. Um estudo mostra que um pequeno excesso de peso - 2 quilos a mais - basta para aumentar o risco de morte por insuficiência cardíaca.
O estudo, publicado no New England Journal of Medicine, avaliou 6 mil pessoas durante 15 anos e mostra que o excesso de peso, por si só - sem estar associado a pressão alta e diabete -, é responsável por 11% dos casos de insuficiência cardíaca em homens e de 14% em mulheres. "Essa é mais uma boa razão para perder peso", disse Robert H. Eckel, do Centro de Ciências de Saúde da Universidade do Colorado, porta-voz da Associação Cardiológica Americana. Cerca de 61% dos adultos dos EUA são considerados obesos pelo estudo. E 13% das crianças e 14% dos adolescentes têm excesso de peso.
(Herton Escobar, com Los Angeles Times)

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